Alexandrino Alencar, o diretor da Odebrecht envolvido na Lava-Jato, teve direito a três telefonemas ao ser preso. Dois ele fez para os seus advogados. O terceiro foi para o Instituto Lula
De acordo com a revista Veja deste final de semana, ao ser preso pela Polícia Federal, em mais uma etapa da Operação Lava-Jato, o empresário Marcelo Odebrecht, presidente e dono da maior empreiteira do país, ligou para a filha que estava em viagem ao exterior.
O até então diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, fez três ligações antes de seguir para a carceragem da PF em Curitiba. Ele falou com dois advogados e, na terceira chamada, acionou uma certa “Marta”, funcionária do Instituto Lula. A iniciativa intrigou os investigadores. Por que o executivo da Odebrecht recorreria à equipe do ex-presidente, que, até onde se sabe, não presta serviços de assistência jurídica a terceiros?
O que ele teria de tão urgente para informar, pedir ou exigir do petista? Essas perguntas continuam sem resposta, mas a dúvida reforça a suspeita de que Alencar pode ser a peça que falta para ligar definitivamente Lula ao maior esquema de corrupção da história do país.
