O rebaixamento da nota da Petrobras pela agência de classificação de risco Moody’s Investors Service, na última quinta-feira, é apenas o episódio mais recente na perda de competitividade e de credibilidade da estatal brasileira nos últimos anos. Para analistas, a nota menor reflete a insegurança do mercado com os rumos da empresa. “A empresa vem sendo usada pela presidente (Dilma Rousseff) como instrumento de política econômica, o que cria problemas para a sua saúde financeira”, diz o professor do Ibmec e doutor em administração, Eduardo Senra Coutinho.
A raiz do problema é o controle de preço da gasolina como forma de conter a inflação. Com o valor defasado em relação ao mercado internacional, a Petrobras deixa de gerar caixa e perde sua capacidade de investimento. Em consequência, seu valor de mercado também cai. Somente neste ano, as ações da empresa na Bovespa já se desvalorizaram cerca de 20%.
“É inacreditável que uma empresa que sempre foi sólida e forte esteja nessa situação de desqualificação e desvalorização”, disse ao O Tempo o deputado federal Antonio Imbassahy(PSDB-BA).